Gil Vicente - Auto da Barca do Inferno

 

Gil Vicente 

Auto da Barca do Inferno

Bode Expiatório

O Judeu

O “Auto da Barca do Inferno” é um exemplo perfeito da sátira social de Gil Vicente aos costumes da sociedade portuguesa do século XVI, fazendo jus à fórmula latina «ridendo castigat mores» (a rir corrigem-se os costumes).

Através de uma brilhante metáfora de um tribunal do pós morte, Gil Vicente põe a nu os vícios das diversas ordens sociais e denuncia a “podridão” da sociedade através das diferentes personagens julgadas, que, no fundo, não passam de arquétipos representativos das classes que integram:

·        O Fidalgo representa a Nobreza;

·        O Onzeneiro, a banca;

·        O Parvo, o povo simplório;

·        O Sapateiro, os comerciantes;

·        O Frade, as ordens religiosas;

·   A Brízida Vaz, aqueles que praticam negócios ilícitos e são dados a maus costumes;

·        O Judeu, o povo judaico em si;

·        O Corregedor e o Procurador, os juízes e os advogados, ou seja, a justiça;

·        O Enforcado, os criminosos julgados que não se arrependem; e,

Por fim os Cavaleiros, que representam a cavalaria e o exército, que lutava em cruzadas contra os mouros


Auto da Barca