Nero e a sua relação com o incêndio de Roma


Nero e o incêndio de Roma


                                        



Nero e a sua relação com o incêndio de Roma


 



 

Descrever como Roma foi incendiada em 18 de julho de 64 dC identificando a sua relação com a personalidade de Nero.

Enquanto muitos dizem que teria sido mais um dos frutos da mente perturbada e manipuladora de Nero, outros dizem que o Incendio de Roma foi um acontecimento acidental, mas que serviu para conhecermos uma personagem cuja marca na história do império Romano foi essencialmente registada por este acontecimento.

Para uns, ele terá ordenado secretamente o incêndio criminoso para somente embelezar algumas partes da cidade de Roma que não o agradavam. Para outros, a mesma ação desastrosa seria executada com o objetivo de incriminar os cristãos, que não se submetiam ao reconhecimento do imperador como uma figural passível de devoção religiosa.

Imagens de uma época e de um personagem controverso, da perseguição aos cristãos e torturas dos mesmos, culminando com o seu suicídio após as suas atrocidades, não poupando a sua própria família.

 


 

O presente trabalho aborda o grande incêndio de Roma mais concretamente sua relação com Nero, as suas consequências para os cristãos no incêndio de Roma.

Esta organizado em três partes. Na primeira parte deste trabalho será abordado de quem foi Nero. Na segunda parte é abordado a versão mais famosa do incêndio de Roma e finalmente como era a posição do império em relação ao cristianismo.

A metodologia usada foi a pesquisa bibliográfica, a pesquisa na internet, enriquecida com alguns artigos tais como “O Grande Incêndio de Roma” do diário universal.


 


1.        Quem foi Nero

 

Nero Lúcio Domécio Aenobarbo foi um imperador romano que reinou desde 54 d.C. – 68 d.C.

Nero, nascido em Anzio (na atual Itália) no dia 15 de dezembro de 37, no seio de uma das principais famílias romanas, filho de Agripina, a Menor, irmã do imperador Calígula e quarta esposa do Imperador Cláudio, que o adotou, tendo-lhe prometido a sucessão, foi proclamado imperador ainda muito jovem. Dotado de grande inteligência, com qualidades artísticas e literárias bastante, Nero viria a mostrar-se um homem extremamente vaidoso, dado à luxúria, prepotente e sanguinário.



Foi proclamado Imperador ainda jovem, iniciando o seu reinado em 13 de outubro de 54 a 68 da era cristã, durante o seu governo, Nero focou-se na diplomacia e no comercio e tentando aumentar a capital cultural do império. Ordenou a construção de diversos teatros e promoveu diversos jogos e provas atléticas.

Nos cinco primeiros anos de seu governo, Nero mostrou-se um bom administrador. Na política, usou a violência e as armas para combater e eliminar as revoltas que aconteciam em algumas províncias do império.

No que tocava ás guerras de expansão do império demostrou pouco interesse (www.sohistoria.com.br, 2019) fazendo apenas algumas incursões militares na região da atual Arménia.

As decisões politicas, militares e económicas de Nero eram fortemente influenciadas por figuras próximas, entre elas a sua mãe, Agripina, e seu tutor, Lúcio Sêneca. Mas o que realmente marcou a importância de Nero na historia foi o incendio de Roma no ano de 64, embora não seja certa a responsabilidade de Nero em tal acontecimento.

Nero suicidou-se em Roma, no dia 6 de junho de 68, colocando fim a dinastia Júlio-Claudiana.


2.         O grande incêndio de Roma

 

A versão mais aceite entre os historiadores o incêndio de Roma foi a que os moradores usavam fogo para se aquecerem e cozinharem e por algum azar o fogo fugiu de controlo e propagou-se.  As casas de madeira facilitaram a propagação e alastramento do fogo na cidade, sendo ajudado por ventos fortes e clima seco.

A outra versão sobre o incêndio é que o imperador Nero tinha ordenado o incêndio com o intuito de construir um complexo palaciano uma vez que não obteve apoio do senado romano que havia rejeitado o pedido de desapropriação para a obra.  


Há ainda uma outra versão usada por romancistas cristãos que, atribuindo ao imperador a condição de demente e desequilibrado, defendiam a ideia que ele provocou o incêndio para inspirar-se, poeticamente, e poder produzir um poema, como Homero ao descrever o incêndio de Troia, mas neste caso em Roma. Segundo algumas fontes, enquanto o fogo consumia a cidade, Nero contemplava o cenário, tocando com sua lira.

Há mesmo uma última versão que dizia que Nero, quando aconteceu tal catástrofe, estava em outra cidade e ao saber do acorrido voltou para a cidade para socorrer os desabrigados chegando a abrir os jardins do seu palácio para os acolher. O que se sabe no meio disto é que o incêndio terá durado uma semana sendo a cidade intensivamente consumida pelas chamas.

 

3. Os cristãos e o incêndio de Roma

 

Não se sabe ao certo o momento e as razões que levaram os cristãos a serem acusados de responsáveis pelo incêndio.


Figura 5 - Nero na arena


Historiadores cristãos e também romanos (como Tácito[1] e Suetónio, cujas obras denotam acentuada antipatia pelo imperador) sustentam que se tratou de uma manobra de Nero, para desviar as suspeitas de sua pessoa.

Uma vez que a tese de "incêndio criminoso" se espalhara, era necessário encontrar os culpados, e os cristãos podem ter-se tornado "bodes expiatórios" ideais, pelo fato de serem mal vistos em Roma (WikiPedia, 2019)

De facto, Suetónio relata que as crenças cristãs eram tidas, na época, como “superstição nova e maléfica” enquanto Tácito, embora acusando Nero de ter injustamente culpado os cristãos, declara-se convencido de que eles mereciam as mais severas punições porque cometiam "infâmias" e eram "inimigos do género humano".

 Segundo o romancista Pär Lagerkvist (WikiPedia, 2019),  terá sido possível que alguns cristãos fanáticos, imbuídos de conceitos apocalípticos, tenham proclamado, publicamente, que o incêndio era um castigo divino pelos "pecados" dos romanos, e que prenunciava o novo advento do Cristo, o que teria tornado todos os cristãos suspeitos de implicação naquela calamidade.

O imperador estava em Anzio no momento do incidente e retornou a Roma ao saber do incêndio. Mas para os que que apontam Nero como culpado baseiam-se nos relatos de Tácito. Este afirma que havia rumores que Nero ficou cantando e tocando lira enquanto a cidade ardia. O facto é que Nero culpou e ordenou a perseguição aos cristãos, acusados por ele de serem os responsáveis pelo incêndio. Muitos foram capturados e lançados para serem devorados pelas feras colaborando para a fama de imperador violento e desequilibrado.


Figura 6 - Nero e perseguição aos cristãos.

 

 Bibliografia consultada

 

Suporte Digital

·         https://seuhistory.com/hoje-na-historia/roma-de-nero-e-destruida-pelo-fogo

·         http://historiaebiblia.blogspot.com/2010/01/nero-o-incendio-de-roma-e-perseguicao.html

·         www.wikipedia.com

·         https://www.infopedia.pt/$incendio-de-roma

·         https://www.sidneimoura.com.br/2009/07/o-imperador-nero-o-incendio-de-roma-e-o.html

·         https://www.sohistoria.com.br/biografias/nero/

Suporte Físico

·         Material da Disciplina

 

Referências

WikiPedia. (14 de 12 de 2019). https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_inc%C3%AAndio_de_Roma. Obtido de https://wikipedia.com: https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_inc%C3%AAndio_de_Roma

www.sohistoria.com.br. (14 de 12 de 2019). https://www.sohistoria.com.br/biografias/nero/. Obtido de www.sohistoria.com.br: https://www.sohistoria.com.br/biografias/nero/

 

 

Figura 1 - Incendio em Roma. 4

Figura 2 - representação de Nero. 5

Figura 3 - Nero tocando lira enquanto Roma era consumida pelas chamas. 6

Figura 4 - Representação de Roma em chamas durante uma semana. 6

Figura 5 - Nero na arena. 7

Figura 6 - Nero e perseguição aos cristãos. 8

 

  

FIM